segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Casulo Humano

Voltei para o meu casulo, e lá permaneci por 10 dias.
                                 Ninguém sabe a dor de se reconstruir.
                                
  Lá eu era apenas carne, ossos e recentimentos, como dói se despir das matérias que nos cercam, das lembranças  de certezas que um dia pensamos ter (provisória ilusão).
 Não havia mais espaço  para voar, limitadamente o céu limitou-se, e me mandou para onde deveria ir.
  As asas não suportavam o peso de tudo que o corpo carregava, e se recolheram, pedindo para que não tentasse mais.
  Dez dias, nada alimentava, nada confortava, nada alegrava. Nada, inesplicável e absolutamente nada.
   Mas foi na última noite antes de doer mais uma vez, que o casulo começou a se romper, sinal de que era hora de voar de novo.
  Ora!  Nenhuma outra borboleta pronta com suas asas, tivera o direito de se recolher por tanto tempo.
  Ainda dói voar, é como no início, não se sabe muito bem para onde ir, mas se sabe que a solidão de estar dentro de si memo,  lhe tornou mais forte e controvérsiamente sensível.
  É chegada a hora de olhar pra frente, e vêr que o céu é imenso, e que com coragem é possível alcançar até a mais alta estrela.
  É chegada a hora de costurar as feridas e aguardar que as cicatrizes não deixe esquecer os erros de ontem, para que estes mostrem a possibilidade dos acertos à partir de agora.
  Alegra-te não és tão ruim como pensou que fostes, lembre-se  do sorriso sincero, do carinho ímpar que se torna par, da força que traz em sua voz, e da amizade que carrega cada palavra pronunciada.
  Os mesmos personagens de uma nova história, o mesmo céu para novas asas, que ainda sem cores, se abre para um novo dia, com a certeza que ainda estará mais colorida que antes.
  É chegada a Hora...


                                                                         (22/02/2010 - 01h31min)

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