Ninguém sabe a dor de se reconstruir.
Lá eu era apenas carne, ossos e recentimentos, como dói se despir das matérias que nos cercam, das lembranças de certezas que um dia pensamos ter (provisória ilusão).
Não havia mais espaço para voar, limitadamente o céu limitou-se, e me mandou para onde deveria ir.
As asas não suportavam o peso de tudo que o corpo carregava, e se recolheram, pedindo para que não tentasse mais.
Dez dias, nada alimentava, nada confortava, nada alegrava. Nada, inesplicável e absolutamente nada.
Mas foi na última noite antes de doer mais uma vez, que o casulo começou a se romper, sinal de que era hora de voar de novo.
Ora! Nenhuma outra borboleta pronta com suas asas, tivera o direito de se recolher por tanto tempo.
Ainda dói voar, é como no início, não se sabe muito bem para onde ir, mas se sabe que a solidão de estar dentro de si memo, lhe tornou mais forte e controvérsiamente sensível.
É chegada a hora de olhar pra frente, e vêr que o céu é imenso, e que com coragem é possível alcançar até a mais alta estrela.
É chegada a hora de costurar as feridas e aguardar que as cicatrizes não deixe esquecer os erros de ontem, para que estes mostrem a possibilidade dos acertos à partir de agora.
Alegra-te não és tão ruim como pensou que fostes, lembre-se do sorriso sincero, do carinho ímpar que se torna par, da força que traz em sua voz, e da amizade que carrega cada palavra pronunciada.
Os mesmos personagens de uma nova história, o mesmo céu para novas asas, que ainda sem cores, se abre para um novo dia, com a certeza que ainda estará mais colorida que antes.
É chegada a Hora...
(22/02/2010 - 01h31min)

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