sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Tantas Outras



Era uma casa muito engraçada
não tinha teto
não tinha nada, nada, nada...

Ninguém comia, porque comida não tinha
Ninguém bebia, porque a água se vendia
Ninguém dormia, descansava seus ossos no chão
Ninguém sorria, porque a alegria também
não suportou tanta desilusão

Era uma casa, como tantas outras por aí
De tanto que chorava, desaprendeu a sorri
À tanto tempo que não se há mais o que ter
E como um sopro de vento também se esquece
o que é sofrer.

Nada, nada...


(12/08/06 - AL)

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