As gargalhadas de quem , tenta em uma realidade contrária não se molhar.
As gargalhas de quem se molha sem querer se molhar, e tropeça sem querer tropeçar.
De quem compartilha até mesmo o impossível, o próprio espaço, contrariando as leis da física, e afirmando as leis da Amizade.
Mas aqui, na proteção do 11º andar em minha sala quente e confortável, eu repenso uma outra realidade como quem tem a máquina de um tempo que não existiu em seus pensamentos.
Ah se pudessemos voltar a ser crianças não precisaríamos proteger nossas aparências de mulheres que precisam voltar ao escritório, e poderíamos dar o guarda chuva Roxo a quem tivesse tal preocupação, e ao invés de correr poderíamos pular no mesmo lugar, sem se preocupar à que horas teríamos de voltar , embaraçando os cabelos, jogando aguá uma nas outras, sem se preocupar em ficar doente, nos remédios a comprar...
Com a suavidade e euforia que só se tem quando desconhecemos a cara do mundo, quando se é criança.
Mas os Processos que me cercam no presente momento, e a calça ainda molhada, me devolvem a realidade, e não me deixam esquecer a Mulher que sou e que somos.

Nenhum comentário:
Postar um comentário